Trazendo o sabor e a cultura amazônica para sua casa, esta receita prática do tradicional tacacá transforma um ritual do Norte do Brasil em uma refeição acessível e cheia de personalidade.
Origem e Cultura
O tacacá é uma iguaria típica da região Norte, especialmente no Pará, com profundo valor cultural. Reconhecido como patrimônio cultural imaterial pelas tacacazeiras (vendedoras tradicionais de tacacá) em Belém.
Prepare-se para saborear um prato com raízes indígenas, que remonta ao mani poi, e representa a história, o saber tradicional e a biodiversidade amazônicos.
Ingredientes
- Tucupi (caldo fermentado da mandioca brava) — cerca de 500 ml
- Goma de tapioca ou polvilho azedo — ½ xícara de chá
- Jambu (erva amazônica que causa um leve formigamento na boca) — 1 maço
- Camarões secos — 10–12 unidades (lavados e dessalgados)
- Alho, chicória e pimenta-de-cheiro para temperar — a gosto
- Sal — opcional, dependendo da sazonalização
Modo de Preparo
- Tempere o tucupi: Em uma panela, leve o tucupi com alho, chicória, pimenta e sal ao fogo. Quando ferver, abaixe e deixe cozinhar por 30 minutos.
- Prepare o jambu e o camarão: Cozinhe o jambu até ficar macio. Em outra panela, cozinhe os camarões em água por cerca de 5–10 minutos, escorra e reserve.
- Faça a goma quente: Em outra panela, misture a goma com um pouco da água do camarão e mexa até virar um mingau consistente.
- Monte o tacacá na cuia:
- Despeje um pouco de tucupi bem quente
- Adicione a goma
- Acrescente mais tucupi
- Adicione o jambu e os camarões
- Complete com tucupi até preencher a cuia
- Sirva quente: Tome diretamente da cuia — como manda a tradição — e use um palitinho para pegar o jambu e o camarão.
Dicas Práticas e Adaptações
- Versão prática: Utilize tucupi pronto (eventualmente disponível em mercados regionais) e goma pronta para reduzir o tempo de preparo.
- Sem ingredientes regionais: Caso jambu esteja difícil de encontrar, aumente o sabor com um toque de pimenta-de-cheiro ou chicória, ou adicione mais camarões.
- Como servir: Use cuias ou tigelas quentinhas. O ideal é consumir bem quente — é tradicional mesmo em clima quente.
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